domingo, 14 de setembro de 2008

Como dizer adeus?!





"Pois é no não que se descobre de verdade o que te sobra além das coisas
casuais" Los hermanos

As coisas já não acontecem...
Roubaram o amor de mim.

Sinto-me mutilada!
Amor desobediente...

Forasteiro... levou o vento que soprava a minha dor...

E agora?

O espelho embassado do nosso amor, não reflete sequer a sombra Dele dentro de mim.

Não quero livro, nenhum riso ou risco... sombra ou água fresca!

Não quero nada! Só o nada me basta. E nada mais me basta.

Não tenho mais uma imagem onde possa projetar uma paixão.

Nem ao menos um perfume pra sentir ares impuros de traição.

Não tenho a dor.

E pobre de mim, ôca, sem ter uma dor pra me queixar e me fazer sentir mais forte no fim do percurso.

Não tenho mais do que reclamar

E sem sentido assim respiro! É o que me resta...

Não sinto sede. E era essa sede que me saciava e me alimentava e me embebia.

Ele proibiu as lágrimas de amargarem minha boca; os pensamentos de O acordarem; as palavras de pronunciarem meus sentimentos; os pés de acariciá-lO nas noites de frio.

Agonizou o sorriso de reconhecê-lO , donO desse cão que fareja seu suor.

E feito um ditador, entrou e saiu, pintou e bordou, fez e desfez; e tamanha foi a velocidade que mal percebera que existia vida neste coração que tanto serviu de saco de pancadas.

Ele se foi... nem sei se já esteve em par comigo.. Um dia ou uma noite. Sol ou lua.

Um fora da lei.

Estragou tudo!

O encontro de mãos...

O cafuné nos pés...

A cara amassada...

Ele estragou tudo!

E desde que nasci nunca tinha me sentido tão desprotegida.

E agora estou aqui. Sem hoje, sem vida , sem rumo...

Morreu um querido dentro de mim. E é uma pena que ainda não aprendi a dizer adeus... ´Será que o tempo parou e me atrasei mesmo assim pra o nosso amor?

Ah! Mas, o tempo não pára...



Jacyara Osório

4 comentários:

Luciana Lís disse...

Amar ocupa tanto da gente, do nosso ser.
Do perceber as coisas com mais sutileza a realizar tarefas com mais paixão.

E quando ele se vai... Vixi, deixa pra lá!

Te amo, muito!

Cynara Littera disse...

Ceara,muié...Que sofrimento grande heim?!
Tenho problemas de entendimento,não consigo alcançar tanta metáfora.Tu só
quer ser nossa amiga Clarice.Mas afinal, me explica.

Ananda Sampaio disse...

é...é uma necessidade de ser completa, memso que por algum tempo.
uma necessidade de acreditar que no outro é que está o pedaço que nos falta...sempre noe falta!
e quando se vai, só deixa uma saudade
que nem sei se o melhor substantivo seria saudade.
como vc disse não deixa nada, nem o bom , nem o ruim.
fica o nada, o indefinido e o incompleto.

muito bom!
=*
te amo!

Cynthia Osório disse...

Muita firula em forma de metáfora...tudo é dor.Dor não se cura com adeus.Não é preciso sabê-lo.Belas palavras ditas, e como aqui, escritas ajudam a suportar!!