sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ao íntimo

Só você para dar á minha vida a direção, o tom, a cor...

Me sinto só,
tão singurlamente só, que nem em alucinação aquela pétala desmembrada carinhosamete pelo vento, ao cair no chão, ousaria desconfiar.
O eco, que outrora vazava do teu íntimo, me enchia e me preenchia de uma sensação de extrema saciedade.
Eu ti comia e consumia em um rítmo natural de egoísmo e luxúria.
Hoje, sem pecados, sem excessos... pórem sem cor, sem vida... engasgo com o gosto áspero do meu calado.
Esparramo, inodora, os grãos de areis com meus passos.
Miseráveis grãos de areia!
Se deixam pisotear por pés monossilábicos, que se movimentam num ir e vir de nada ser.
Pés, que tão covardemente, balbuceiam sua presença em diversos asfaltos, mas como que estrangeiro, nimguém lhes ouve; ou como que insignificante, ninguém os possui.
Me sinto avessa!
Você acorrentou ao seu eco, o meu manual.
O que me restou foram membros. Estes, que não me sustentam e não me refletem.
Onde estou?... ou melhor, "quem" estou?(...)


Inacabado...
Jacyara Osório,
de vota!