À um amor ainda não conjugado...
Naquela cidadezinha onde o amor cheira a lodo e a alegria brota pegajosa, mais nada acontece. E as coisas falam por si só.
Sentada, parecia esperar a vida passar. Esperava e não sentia. Eu já não me tinha importância.
Em um momento, sem data nem hora, a minha boca aprendera a balbulciar outro nome,ainda sem tanto sentido pra mim, e meu coração a bater por ele.
E aí, pelo vento ou sei lá por quê, ouvia ecoar risos do fundo da minh´alma, com vários "s" no final. Risos, verdadeiras promessas dissolvidas em ar e em água na boca, apetite de um novo amor.
Ah! Como é bom está com ele... "mais bom que bombom!"
Dormindo ou acordada, estou sempre a sonhar... as nossas pupilas se dilatam à medida que nossas bocas se unem em sorrisos , neste escuro que nos decifra e ilumina de felicidade. Alheios ao barulho que neste instante nos ensurdesse e nos abstem das coisas do mundo, aliás de outro mundo, este que nada sabe sobre agente e menos, da perfeita sincronia dos nossos corpos.
Nossos pêlos se abraçam e se arrepiam ... e o frio daquela noite é o calor daquele sol de meio-dia! Seu suor, em uma performance frenética, me banha como gotas salgadas de chuva a penetrar no mais íntimo dessa terra ainda tão pouco explorada , e então, só flores!
JACYARA OSÓRIO